martes, 29 de diciembre de 2015

Um texto limpo e sem poeira nas entrelinhas

Existem pessoas que fedem, nauseantes, repugnantes. Constato que não são pessoas, mas sim lixo caminhando cidade afora. Não merecem mais que descaso; não merecem mais que o apodrecer. Lixo não tem sentimento. Lixo tem sujeira e mentiras: mentiras várias, orgânica, inorgânica, reciclável (e como se recicla). O lixo também tem dissimulo, desfaçatez, arrogância, camuflando uma decadência encardida e putrefacta. Lixo é contrário à vida, lixo é afeito à doença - alma doente agonizando em amargura - e por isso eu escolhi o asseio da verdade. Por isso eu escolho que hoje o lixo não volte a entulhar meu caminho. Hoje escolho caminhar veredas limpas. 
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Paro e respiro.
Não é que a limpeza tem o mesmo perfume da liberdade?


[A.R.]
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1 comentario:

Olavo Duarte dijo...

Isso. Faça uma faxina geral. Desentulhe. Desobstrua a passagem para poder andar livre. Jogue fora sem dó aquelas velhas mágoas que, se guardadas, começam a cheirar mal e a te fazer mal. Entre no novo dia com a alma mais livre, mais leve e mais solta.