Las ideas son balas hoy día
y no puedo usar flores por ti.
y no puedo usar flores por ti.
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Con una compañera de trabajo llorábamos mientras nos acordábamos de unos versos: "como beber dessa bebida amarga/tragar a dor, engolir a labuta/mesmo calada a boca, resta o peito/silêncio na cidade não se escuta". No es la pérdida de un cargo político lo que lamentamos. Sentimos la violación (así como suena) de nuestros derechos, el desamparo, la impotencia delante de todo, la poca esperanza que queda.
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Llorábamos porque, en el fondo, creíamos que no pasaría nada, que era nomás una "moda" decirse favorable al golpe, pero no. Es real. Hoy más que nunca.
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Nuestra compañera Dilma, mujer como nosotras, mujer como mi madre -de quien heredé algo de pasión(al) política- sufrió terrible injusticia y nos dolió mucho.
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Estoy triste y hoy no me sale hablar de amor. Tampoco hablar de política, puesto que cientistas políticos hay para hacer dulce los últimos días. Me sale únicamente lamentar por el futuro negro que se dibuja; por el futuro de Daniel, por mi propio futuro y el de la gente que amo.
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Pronóstico de tiempos oscuros y, la verdad que sí, hay mucho que temer.
[A.R.]
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1 comentario:
Aline, embora eu não entenda muito bem a língua espanhola, entendi muito bem o contexto. Você relata a dor, desamparo e a impotência diante das circunstâncias e teme pelo futuro negro que se avizinha para ti e para as pessoas que você gosta.
Queria te dizer que me solidarizo com sua impotência, com seu desamparo, com sua dor.
Eu também votei nela nas duas vezes em que ela foi eleita democraticamente pelo povo que governou, que teve, ao longo de seis anos, avanços nunca vistos na área social. Eu também fiquei feliz em ver tanta gente saindo da miséria, tanta gente podendo sonhar com um futuro melhor para si mesmas e para as pessoas de quem elas gostam.
Minha revolta contra a canalhada que a depôs de um mandato constitucionalmente conquistado, legitimado por quase cinquenta e dois milhões de votos honestos, não é tão ruidosa como a sua: eu não verbalizo a minha indignação, mas ela me fere também. Eu não verti lágrimas como você na tarde do último dia de agosto, mas fiquei estranhamente calado e quieto, remoendo essa angústia, essa sensação de estar faltando alguma coisa. Queria ser como você, demonstrar o sentimento, escrevê-lo tão bem, dar palavras para essa emoção.
Por isso, permita-me juntar-me a sua tristeza de hoje. Tristeza que, como você diz, não é tanto pela perda de um cargo - ela não perdeu os direitos políticos, e um dia vai voltar a ser tão importante como sempre foi, é e será - mas pela injustiça que ainda domina, pela covardia, pela hipocrisia que reina e agora governa, pelas pessoas que perderão direitos, pelas pessoas que em vez de sonhar, vão temer (vale o trocadilho).
Saiba, no entanto, que há uma luzinha no fundo do nosso coração. Ela é a Esperança. Sem ser piegas, eu quero que essa pequena chama se mantenha acesa dentro de ti. Para te iluminar e iluminar o seu futuro, do Daniel e das pessoas que você ama. Essa mesma luz, essa mesma energia que me ilumina também.
Por favor, mantenha a fé, confie em Deus: Ele olha pelo nosso país. Não se abata pela desesperança, não se enfraqueça.
Se precisar de alguém com quem contar em tudo, é só chamar.
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